INTERFERÊNCIA NA POLÍCIA CIVIL E SUPOSTA CORRUPÇÃO NO IMA
por Plinio Ritter – @plinioritteroficial
SANTA CATARINA – Integrantes do PL e PSB denunciaram a interferência do Executivo na Polícia Civil (PC) e uma suposta corrupção no Instituto do Meio Ambiente (IMA) na sessão de terça-feira (5) da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc).
“A Polícia Civil está em polvorosa com a notícia que o governo queria alterar delegados para suspender investigações dentro do governo”, discursou Ivan Naatz (PL), explicando em seguida que a investigação envolve a compra de softwares “vendidos por pessoas amigas do governador, coronéis da reserva que se organizaram para vender sem licitação”.
O líder do PL foi além e denunciou indícios de corrupção no IMA. “Dentro do IMA opera uma facção criminosa que vende licenças ambientais, com um ramo dentro da Câmara de Vereadores de Florianópolis, gente de partido bastante influente em Santa Catarina”, disparou Naatz.
Laércio Schuster (PSB) também criticou a interferência na Polícia Civil. “Uma tentativa de abafar investigações da Deic sobre crimes de corrupção no governo do estado”, alertou Schuster, que elogiou o novo comandante da Polícia Civil, Marcos Ghizoni. “Um dos melhores quadros da polícia no Brasil, tenho certeza de que vai trabalhar para garantir a autonomia e a independência”.
Maurício Eskudlark (PL) minimizou a crise na PC. “O delegado Akira Sato foi indicado para assumir a delegacia-geral, aceitou, veio aqui, fez as visitas institucionais, estava motivado, mas daí comunicou que não continuaria na chefia. Procurei me informar, em lugar nenhum ele disse que sofreu qualquer tipo de pressão, ele jamais informou isso, estava com problema de saúde e pediu para sair”, justificou Eskudlark.
O ex-chefe da Polícia Civil, assim como Schuster, elogiou a escolha de Ghizoni e defendeu que o chefe da PC seja escolhido entre os delegados em final de carreira. “Ghizoni é um excelente delegado, trabalhava aqui, estava à disposição da Casa até poucos dias”, informou Eskudlark.
Paulinha (sem partido) concordou com o colega. “Chegou a hora de parar de colocar chifre em cabeça de cavalo. Esta questão da Polícia Civil não há nada que não possa ser contado. Não houve um fio de comentário de que teria sido coagido, o objetivo é atacar o governo”, garantiu Paulinha.
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