Entrevista | Carlos Moisés da Silva
por Richard Ritter – @richardritteroficial
Governador Carlos Moisés, finaliza a série de entrevistas exclusivas com os principais candidatos ao Governo do Estado de Santa Catarina nas Eleições 2022 pelo Portal Hora Política, uma das maiores referências políticas no estado nos últimos tempos, Moisés fala sobre a evolução de Santa Catarina, educação, infraestrutura, saúde e prioridades se reeleito.
Moisés é filho de Domingos da Silva e Irene da Silva, formou-se em Direito pela Unisul, onde também concluiu mestrado em direito constitucional. É casado com Késia Martins da Silva, com quem teve duas filhas, Sarah e Raissa. É advogado, bombeiro militar e político filiado ao Republicanos, é o atual governador de Santa Catarina. Comandante Moisés, foi eleito governador de Santa Catarina no segundo turno com o voto de mais de 70% do eleitorado no ano de 2018.
De 1987 até 1990, realizou o Curso de Formação de Oficiais da Academia da Polícia Militar de SC, passando a atuar no Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC). Já trabalhou nas cidades de Florianópolis, Criciúma e Tubarão, sendo comandante da Unidade do Corpo de Bombeiros de Tubarão por 18 anos. Também atuou na Coordenadoria Regional de Defesa Civil no sul de SC, como corregedor-adjunto do Corpo de Bombeiros Militar de SC junto ao Comando-Geral e na Secretaria de Justiça e Cidadania, responsável pela prevenção de incêndios e pânico em unidades prisionais. Em 2016, Moisés chegou à patente de coronel e se aposentou dos Bombeiros com 48 anos. Atualmente é candidato à reeleição ao governo do estado de Santa Catarina nas Eleições 2022.
Richard Ritter: Governador Moisés, por que o senhor decidiu ser candidato ao Governo do Estado?
Carlos Moisés: Posso começar explicando como decidi, ainda na infância, que queria ser bombeiro. Minha história aconteceu e se desenrolou em cima desse sonho de criança, desse desejo de ajudar a salvar vidas.
Nunca imaginei chegar a governar Santa Catarina. Mas penso que ser governador também é um ato de cuidado e de responsabilidade com o próximo. Seguir essa missão me alegra a cada dia. Por isso, tudo o que faço é com respeito e dedicação. As pessoas precisam saber que há alguém lutando por elas de forma honesta e comprometida.
Eu realmente acredito nessa missão. Fui eleito para mudar a forma de governar. E quero continuar mudando.
Ritter: Se o senhor for reeleito, qual será a sua prioridade número um?
Moisés: Durante a maior parte do governo, enfrentamos a guerra da pandemia. Numa guerra, você precisa resolver as urgências. Não é uma questão do que você quer fazer, mas do que precisa fazer. Trabalhamos com a emergência e com as demandas próprias de uma situação de crise.
Fizemos a melhor gestão da pandemia. Tivemos a menor taxa de letalidade do país. Antes disso, já tínhamos quitado R$ 600 milhões da chamada “dívida impagável” da Saúde. Criamos uma política hospitalar para repassar todos os meses recursos para os hospitais filantrópicos. Mais R$ 600 milhões em repasses.
Agora, como prioridade, vamos colocar em prática tudo o que pensamos para a saúde. Colocaremos em prática o que sempre almejamos e o que o povo catarinense merece. Vamos entregar cinco hospitais aos catarinenses: Complexo Hospitalar (Florianópolis), Instituto de Cardiologia (São José), Hospital de Camboriú, Hospital de Palhoça e Hospital de Araquari, além de melhorias e ampliações em hospitais de todas as regiões.
Ritter: Como avalia a infraestrutura no Estado?
Moisés: Investimos seis vezes mais em manutenção rodoviária do que o governo anterior. Pegamos um estado com 74% das rodovias em condição ruim ou péssima. Baixamos esse percentual para 24%. Podemos citar como exemplo a SC-163, entre Itapiranga e Iporã do Oeste, que estava péssima e agora está ótima.
O Oeste está recebendo mais recursos para conservação de rodovias em 2022 do que todo o estado somado de 2012 a 2018. Dos 21 aeroportos do estado, oito estavam interditados ou em vias de interdição. Já reabrimos seis e vamos reabrir os outros dois até o fim do ano. Voltamos a investir em ferrovias, após décadas. Os projetos estão saindo do papel. Decidimos colocar R$ 465 milhões em rodovias federais. Vamos asfaltar 500 quilômetros de rodovias estaduais.
Ritter: SC tem a menor taxa de desemprego do país e a maior taxa de formalização. Qual a sua proposta para melhorar ainda mais essa questão?
Moisés: No segundo trimestre deste ano, o mercado de trabalho de Santa Catarina atingiu o maior nível de ocupação já alcançado por um estado brasileiro. Nossa taxa de desemprego é de 3,9%, a menor do Brasil. A de desalentados, isto é, das pessoas que desistiram de procurar trabalho, é apenas 0,4%. A do Brasil é quase dez vezes maior.
Na nossa gestão, Santa Catarina gerou 360 mil empregos com carteira assinada. Melhor número da história. Mais empregos que nos oito anos do governo anterior. Nosso estado tem segurança jurídica para os empreendedores.
Economistas acreditam que neste ano, pela primeira vez na história, SC será confirmada como o terceiro estado mais rico do Brasil em PIB per capita, atrás apenas do Distrito Federal e de São Paulo. As secretarias da Fazenda e do Desenvolvimento Econômico fazem busca ativa por novas empresas, para gerar cada vez mais oportunidades. Isso é um processo contínuo, por isso vamos melhorar ainda mais.
Sem crise sanitária, o segundo mandato será focado nos grandes projetos e realizações para Santa Catarina.
Ritter: Como o senhor avalia a educação?
Moisés: Nosso governo fez o maior investimento da história do Estado em Educação. Foram R$ 7,7 bilhões investidos apenas em 2021. Quantas vezes ouvimos que um professor deveria ganhar mais? Em Santa Catarina ele ganha. Aumentamos para R$ 5 mil o piso do professor em sala de aula. Dados do IBGE mostram que nenhum outro estado do Brasil melhorou tanto a renda dos professores da educação básica na rede pública quanto Santa Catarina.
Investimos R$ 500 milhões em educação especial. Agora as APAEs não dependem de dinheiro de bingo para investir em suas estruturas. Realizamos obras em mais de mil escolas. Oferecemos bolsas para os estudantes de ensino médio e universitários. Só no primeiro semestre desse ano foram mais de R$ 430 milhões para os jovens cursarem a faculdade e pós-graduação.
Há cerca de 60 mil alunos do ensino médio recebendo R$ 568 reais por mês para continuar frequentando a escola, que é o lugar deles. É disso que o jovem precisa: de incentivo e oportunidades.