Na Fiesc, Jorginho Mello anuncia mais de R$ 220 milhões em investimentos no setor elétrico para a indústria catarinense…
por Plinio Ritter – @plinioritteroficial
Santa Catarina – Atendendo à antiga reivindicação da indústria catarinense, o Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado da Fazenda, e a Celesc anunciaram, nesta terça-feira (20), o investimento de mais de R$ 220 milhões em obras que vão ampliar o fornecimento de energia elétrica para o setor produtivo. Com novas subestações, linhas de transmissão e redes de distribuição, 11 indústrias enquadradas na proposta governamental terão a infraestrutura energética necessária para expandir seus negócios e aumentar a produtividade, gerando 9,5 mil empregos diretos e indiretos em todo o Estado. Os cálculos mostram que haverá retorno de R$ 160 milhões em ICMS para os cofres públicos a partir da efetivação destes investimentos públicos e privados.
PLANO DE DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO
Santa Catarina – Inédito, o “Plano de Desenvolvimento Energético para a Indústria Catarinense” foi lançado oficialmente na Fiesc – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina e contou com a participação do governador Jorginho Mello (PL) e da vice-governadora Marilisa Boehm (PL). A programação reuniu também o presidente da Celesc, Tarcísio Estefano Rosa, e os secretários Cleverson Siewert (Fazenda) e Silvio Dreveck (Indústria e Comércio). Presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar foi o anfitrião da solenidade. Os dirigentes das 11 empresas atendidas pelo plano também marcaram presença e assinaram os respectivos protocolos de intenção.
“Este é um governo que prestigia quem gera emprego e renda. Uma prova são os vários investimentos que estão sendo realizados para impulsionar nossa economia e promover desenvolvimento. E as nossas indústrias precisam de infraestrutura energética para crescer. Por isso nosso governo, ao lado da Celesc, está fazendo investimentos históricos. Depois dos R$ 4,5 bilhões anunciados em maio, agora serão mais de R$ 200 milhões para permitir que os empresários possam ampliar e modernizar seus negócios”, destacou o governador Jorginho Mello.
O QUE O PLANO PREVÊ?
Santa Catarina – O plano prevê o aporte de R$ 223,1 milhões em obras que vão atender as necessidades das indústrias que não serão diretamente contempladas pelo investimento de R$ 4,5 bilhões anunciado recentemente pelo Governo do Estado e pela Celesc. Considerando as características dos empreendimentos e a própria regulação do setor elétrico, a alternativa para viabilizar os projetos de expansão foi dividir a conta: serão R$ 174,2 milhões do Governo do Estado e R$ 48,9 milhões da Celesc. Na prática, o plano não integra o pacote anunciado em maio, mas é um importante complemento e atende a um pleito de pelo menos cinco anos das indústrias. Somados, serão R$ 4,7 bilhões no sistema elétrico catarinense. “Os investimentos históricos no sistema elétrico vão atender uma demanda reprimida da indústria catarinense e estão de acordo também com a missão dada pelo governador, que é fornecer mais energia de qualidade para o setor produtivo, garantindo o desenvolvimento, gerando mais emprego e renda”, ressaltou o presidente Tarcísio Rosa.
A partir da melhoria na infraestrutura energética, as 11 indústrias contempladas vão investir cerca de R$ 1,5 bilhão em 12 novos projetos nos respectivos parques fabris, ampliando seus negócios e gerando emprego e renda. Na lista das contempladas estão as indústrias Águas Negras S.A (Ituporanga), Metalúrgica Riosulense S.A (Rio do Sul), Pamplona Alimentos S.A. (projetos em Presidente Getúlio e em Rio do Sul), Docol (Joinville), Ciser (Araquari), Tuper (São Bento do Sul), Cejatel (Jaguaruna), Bragagnolo Papel e Embalagens (Faxinal dos Guedes), Tirol (Treze Tílias), Baterias Pioneiro (Treze Tílias), Chlorum (Palmeira).
ARRECADAÇÃO
Santa Catarina – O Secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert destacou que, a partir dos investimentos públicos e privados previstos neste plano, as 11 indústrias calculam um incremento de R$ 4,5 bilhões ao ano nos respectivos faturamentos. O desempenho deve garantir R$ 160 milhões extra em ICMS para os cofres públicos. “Ao investir no desenvolvimento energético e garantir infraestrutura para a nossa indústria, estamos mudando parâmetros e colocando em prática a neoindustrialização, dando prioridade para a nossa indústria com novas bases: inovação, tecnologia, sustentabilidade e responsabilidade social”, observou o secretário. Cleverson Siewert antecipou ainda que a parceria entre o Governo do Estado e a Celesc deve se repetir no futuro, com novos investimentos voltados à produtividade da indústria catarinense. “O governo está fazendo o seu papel porque entende a necessidade de fortalecer e garantir a competitividade da indústria catarinense nos mercados nacional e internacional”, acrescentou.
PROGRAMA UNIVERSIDADE GRATUITA
Santa Catarina – A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa fará nesta terça-feira (20), às 19 horas, uma reunião extraordinária virtual para discutir as três proposições legislativas, em tramitação na Alesc, que viabilizam a implantação do Programa Universidade Gratuita. O requerimento para a realização do encontro partiu da presidente do colegiado, deputada Luciane Carminatti (PT).
Conforme a parlamentar, foram convidadas para a reunião entidades que representam os professores, os estudantes, as instituições de ensino superior beneficiadas pelo programa, além do governo estadual.
MINISTRO RENAN FILHO EM SC
Santa Catarina – O ministro dos Transportes, senador Renan Filho (MDB/AL), deverá vir para Santa Catarina no final de junho. A articulação esta sendo realizada pelo deputado federal Carlos Chiodini (MDB/SC), cuja a aproximação com o senador já garantiu mais de R$ 1 bilhão em obras para o Estado.
Na agenda do ministro que começa na segunda tem agendada uma visita ao contorno viário e um jantar fechado para políticos e empresários em Florianópolis.
Na terça-feira Renan Filho visita às obras na BR-470 e na BR-280. Nos últimos oito anos nenhum mandatário da pasta da infraestrutura conheceram de perto a realidade da duplicação da BR-280, obra quem vem sendo bastante cobrada pela região Norte do Estado.
PLENÁRIO PODE VOTAR NOVO ARCABOUÇO FISCAL NA QUARTA-FEIRA
Brasília – O novo arcabouço fiscal ( PLP 93/2023 ) pode ser votado pelo Plenário do Senado na quarta-feira (21). Aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei complementar ainda depende do aval da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), mas já foi incluído na pauta da sessão deliberativa desta quarta.
CONSELHO DE ÉTICA INSTAURA PROCESSO CONTRA SEIS DEPUTADAS DO PT E DO PSOL
Brasília – O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou na quarta-feira (14) processos disciplinares contra as deputadas Célia Xakriabá (Psol-MG), Sâmia Bomfim (Psol-SP), Talíria Petrone (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Juliana Cardoso (PT-SP). Todas as representações foram apresentadas pelo PL. O partido diz que as parlamentares quebraram o decoro parlamentar durante a aprovação do projeto do marco temporal de terras indígenas (PL 490/07) no Plenário da Câmara, no fim de maio.
Na ocasião, as parlamentares protestaram contra o texto, que limita a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.
Segundo o PL, as deputadas gritaram ao microfone para os deputados favoráveis ao texto: “Assassinos! Assassinos do nosso povo indígena!”. Apesar de os microfones terem sido cortados, o PL reclama que as deputadas continuaram ofendendo os parlamentares que fazem oposição ao governo, principalmente o deputado Zé Trovão (PL-SC), autor do requerimento de urgência para a votação do projeto do marco temporal em Plenário. O PL acrescenta que as deputadas usaram as redes sociais para “manchar a honra de diversos deputados”.
Primeiramente, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apresentou uma representação conjunta contra as seis deputadas, pedindo a abertura de processo contra elas de forma coletiva. No dia 2 de junho, ele pediu a retirada de tramitação da representação, o que foi feito ontem (19), pela Mesa Diretora da Câmara. No entanto, em seguida, foram recebidas pela Mesa as representações de forma individualizada, contra cada uma das seis parlamentares.
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