EXAGERO
por Richard Ritter – @richardritteroficial
BRASÍLIA – A Polícia Federal foi às ruas na manhã desta sexta-feira (13) e prendeu o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (PTB). O mandado é de prisão preventiva (que não tem prazo estipulado para acabar). A autorização da prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também determinou: bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em rede sociais e apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
A ordem foi dada dentro do chamado inquérito da milícia digital, que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocráticos.
Jefferson postou numa rede social que a PF chegou a fazer buscas na casa de parentes pela manhã. De acordo com o STF, Moraes pediu parecer da procuradoria-geral da República antes de tomar a decisão. Só que o prazo se encerrou na terça-feira, e a PGR não se manifestou até a decisão dele, assinada na quinta (12). Até o presente momento, nenhum parecer foi juntado aos autos.
PTB SC
O PTB de Santa Catarina através do presidente do partido deputado estadual Kennedy Nunes publicou nota imediatamente após a decisão, repudiando veementemente:
A “decisão” que caracterizamos como uma perseguição política do ministro Alexandre de Moraes, no tocante a arbitrária prisão do nosso Presidente Nacional, Roberto Jefferson.
Uma invasão na esfera privada e um atentado à liberdade de expressão em nossa defesa de Deus, da Pátria, da família e da liberdade. Uma verdadeira quebra da ordem pública.
Nossa total solidariedade ao nosso Presidente e continuaremos de cabeça erguida defendendo a transparência em todo processo eleitoral.
Não somos uma “milícia digital” somos cidadãos de bem na busca de um Brasil melhor.
A prisão do nosso presidente representa uma censura prévia à liberdade de expressão, um dos pilares da democracia e o STF revive a censura marcada por governos autoritários.
Não aceitaremos e não vamos nos acovardar.
MILÍCIA DIGITAL
O inquérito que investiga a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques à democracia foi aberto em julho, por decisão de Moraes.
Nessa investigação, a PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito.
Essa organização se dividiria em núcleos: de produção, de publicação, de financiamento e político. Outra suspeita é de que o grupo tenha sido abastecido com verba pública.
Entre os nomes citados pela PF em um pedido para acessar quebras de sigilo, estão os assessores da Presidência da República acusados de integrar o chamado “gabinete do ódio”, que seria encarregado de promover ataques virtuais nas redes sociais contra desafetos da família do presidente Bolsonaro e adversários do governo.
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