FERROVIAS CATARINENSES
por Richard Ritter – @richardritteroficial
SANTA CATARINA – Representantes do governo, dos empresários e especialistas debateram sobre a situação das Ferrovias catarinenses.
O encontro foi mediado pelo diretor de Infraestrutura e Logística da Facisc, Antônio Carlos Guimarães Neto, que ressaltou a importância de se discutir alternativas e construir um discurso e um planejamento unificado entre poder público e entidades empresariais. “Para buscarmos os melhores resultados em Santa Catarina, precisamos estar organizados e unidos”, destacou o diretor.
Na ocasião Silvio dos Santos, gerente de ferrovias da Secretaria de Infraestrutura de SC (Seinfra), compartilhou a visão do governo do Estado sobre as Rodovias.
Entre as propostas ferroviárias previstas para Santa Catarina, Silvio apresentou a retomada das obras dos contornos ferroviários de Joinville e São Francisco do Sul e iniciar a de Jaraguá do Sul; a construção do 1º trecho da Ferrovia Litorânea entre o porto de Navegantes e a linha da Rumo em Araquari; estudos para a ligação da Ferrovia Tereza Cristina e a linha da Rumo na região de Lages; construção do Terminal Rodo Ferroviário no Planalto Serrano, estudos para a cessão do trecho desativado Mafra – Porto União – Piratuba para Ferrovias Shortlines.
O executivo da Câmara de Transportes e Logística da FIESC, Egídio Martorano, defendeu que é preciso planejar um complexo ferroviário que seja conectado a todos os intermodais e considere não somente os portos, mas também o arranjo produtivo e não somente a agroindústria, que contemple as nossas vocações e nossas vantagens competitivas. Chega de improvisos. Precisamos de uma malha ferroviária e isso depende de um planejamento”, destacou.
Representando a concessionária Rumo, Eudis Furtado, apresentou um panorama da atuação da empresa, investimentos e o processo de renovação da malha Sul. “Estamos neste momento debruçados em cima dos números da ferrovia, definindo as matrizes de origem e destino, estudando as alternativas para avaliar a possibilidade de renovação da malha Sul. Um processo longo e complexo, mas que traz modernização e inúmeras possibilidades para o estado”, relatou.
Outra referência no setor, Benony Schmitz, presidente da Ferrovia Tereza Cristina, ressaltou que o objetivo da logística é atender os setores de produção e por isso qualquer projeto neste sentido tem que atender o setor produtivo. “Isso tem que ter a participação do Estado. Pois o estado também é o grande beneficiário. O concessionário consegue recuperar o investimento apenas com a prestação do serviço, mas o Estado consegue recuperar o investimento também com o crescimento econômico e a infraestrutura e muito mais rápido do que a iniciativa privada. Por isso é importante que o estado esteja nesta discussão”, completou.
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