DELÍRIOS POLÍTICOS
por Laudelino Sardá
SANTA CATARINA – Enquanto a nação vive embates ideológicos, a ponto de criar conflitos entre cidadãos, políticos tentam se ajustar com estratégia de acomodação e vantagem. Não há uma compreensão político-democrática no sentido de permitir que o Brasil convirja para construir uma democracia inviolável. Continuamos sujeitos a intempéries comuns em um contexto brasileiro de indefinições.
Os políticos buscam suas saídas, sem pensar na nação, no estado e muito menos no município. Não há plano partidário. Predominam as estratégias individuais, como se uma democracia pudesse viver apenas de ações de políticos.
O que falta ao Brasil é definir claramente o papel dos partidos, através de leis que punissem os absurdos, como o de políticos que trocam de partido em busca de resultados eleitorais. Ora, é necessário que o partido tenha planos que obriguem seus filiados e parlamentares a assumirem compromissos com a sociedade. Hoje, parlamentares agem individualmente sem sequer falar em suas legendas, justamente porque se acham donos de seus territórios.
As leis deveriam ser rigorosas, a ponto de retirar do cenário político que muda aleatoriamente de partido. Mas, para isso, a legislação necessita cobrar de cada partido uma postura ética para, sobretudo, contribuir ao crescimento social e econômico do país, sem as benesses que têm caraterizado a ação político-partidária, principalmente às vésperas de eleição.
Está na hora de episódios recentes, em que políticos mudaram de ideia para investir só em sua estratégia pessoal, serem coibidos por leis que, sobretudo, defendam a ética política. Mas, infelizmente, mudar leis depende somente de parlamentares que pouco se importam com a ética.
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