Jorginho Mello e as cabeçadas na parede

por Plinio Ritter – @plinioritteroficial


O senador Jorginho Mello (PL) como um transtornado na política catarinense, dá a dita “cabeçada na parede”, extremamente mal assessorado, simplesmente bate o recorde de improvisos entre os candidatos ao governo do estado sabatinados pelas emissoras de TV.
Nos meus 64 anos de jornalismo, não havia visto um despreparo tão grande, cobri várias eleições, fui mediador de debates em nível estadual inclusive, o único que tinha essa credibilidade para entrar despreparado no AR almejando o cargo de governador do estado de Santa Catarina era Luiz Henrique da Silveira (MDB), político com diploma de doutor, após “derrubar” um garrafinha de whisky escocês, mesmo assim Luiz Henrique não demonstrava tanto despreparo assim em uma sabatina, ao ponto de desmerecer as mulheres, ao ponto de faltar respeito e consideração com o povo catarinense. Um depoimento que corre pelo Brasil e que agrava mais ainda a campanha de Mello ao governo, é de uma catarinense na internet, que define muito bem em poucas palavras o cenário que Jorginho Mello se encontra pelo eleitorado:
“É inadmissível e constrangedor que Santa Catarina leve ao segundo turno uma figura da estirpe de Jorginho Mello. Uma pessoa que parece incapaz de construir um raciocínio coerente jamais vai conseguir construir uma equipe para gerir um estado.” em poucas palavras se define tudo.
A situação de Mello agrava mais ainda quando tenta censurar a veiculação de uma entrevista concedida por ele mesmo em que defende a colocação de pedágios em rodovias. O trecho tem sido utilizado nas inserções do governador Carlos Moisés (Republicanos), que é contra a instalação de praças de pedágio nas rodovias estaduais. A Justiça Eleitoral negou as pretensões de Mello e autorizou a divulgação da entrevista.
O senador chegou a argumentar que a declaração foi tirada de contexto, mas o juiz Sebastião Ogê Muniz analisou toda a entrevista e concluiu que não: “Não vejo como inferir que a propaganda eleitoral questionada haja distorcido o sentido da manifestação em assunto. Ora, o debate acerca do sentido dessa manifestação, assim como das posições de cada um dos candidatos envolvidos, acerca do tema, deve ser travado na esfera política, e não na judicial”, registrou o magistrado.
Não é a primeira vez em que Jorginho Mello tenta censurar a própria história. No início da campanha, ele entrou na Justiça para impedir a publicação de uma foto com a antiga aliada Dilma Rousseff (PT). A Justiça também negou. Muito mais elegante Jorginho ter admitido que foi aliado do PT por um tempo do que tentar esconder, se afogar e gaguejar como tanto gagueja. Será que a cobrança da família Bolsonaro é tão doentia assim? Conheço Jair Messias, e sei que não é bem por aí, se Jorginho apoiou, hoje não apoia mais, simples assim.
Com toda minha sinceridade e respeito, é preocupante para quem dizia que ia fazer uma campanha impecável, não sabemos se é mal assessorado por parte dos filhos, o cirurgião dentista Bruno Mello ou do advogado Filipe Mello, mas Jorginho desceu pro fundo do poço com essas últimas, o que muitos esperavam ver um político preparado com bom português, sem fadigas, mostrou diante da colega Laine Valgas e da Márcia Dutra um machista, ignorante, que envergonhou o povo catarinense.

Foto: Reprodução