Pesquisas em SC: das mentiras ao poder de influência

por Plinio Ritter – @plinioritteroficial


Santa Catarina – Poucos dias para a data da eleição, institutos e empresas de pesquisas publicam resultados surpreendentes, uns mirabolantes, outros ilusórios. O motivo é único, alavancar o candidato que pagou maior investimento financeiro no cenário, prestem bem a atenção no site do TRE, está disponível a relação dos candidatos com maior investimento financeiro declarado até o momento. Reparem no candidato que diz ter “empatado” ou afirma que “passou na frente”.
Insatisfeitos com os resultados, muitos candidatos recorrem as pesquisas estimuladas, eis aí a enganação, a diferença entre o não voto (brancos, nulos e abstenção) que será verificado na urna e os que, em pesquisas estimuladas, não escolhem nenhum candidato quando a lista é apresentada. No dia da eleição, o não voto tem rondado os 30%, mas nas pesquisas estimuladas esse contingente é apenas um terço disso. Cerca de 20% dos pesquisados indicam candidato na estimulada, mas provavelmente não votarão em ninguém.
Institutos de pesquisas aplicam o cenário espontâneo, em que o pesquisado não é apresentado à lista, consequentemente aumentam o candidato que provavelmente patrocinou a pesquisa, seja direta ou indiretamente, detalhe, alguns candidatos com veículos de comunicação rotulados.
Para finalizar vão te falar na Projeção, e aí vem a mentira mais descarada, quando não há cautela nenhuma, com o resultado final da pesquisa eles vão tentar te influenciar, o candidato que encomendou a pesquisa, seja direta ou indiretamente vai fazer uma ampla divulgação, tudo para te influenciar, e assim criar aquela onda da “maria-vai-com-as-outras”.
Por exemplo: apartam o eleitorado pesquisado na saída do culto evangélico, sabendo que o candidato que patrocina a pesquisa é evangélico ou até mesmo é fiel da própria igreja. Essa é uma das explicações frequentes para quando os institutos precisam justificar por que a pesquisa disse uma coisa, e a urna disse outra, resumindo, uma baita mentira que na minha opinião o TSE deveria pegar firme na fiscalização, obrigando os institutos de pesquisa a revelarem os endereços, ruas, proximidades que fora feito a pesquisa e os dados do eleitorado que respondeu a pesquisa. Para finalizar também existe o eleitor fictício, que no momento de responder a pesquisa, pode mentir ou pode não lembrar as respostas a fim de favorecer a pesquisa que está sendo paga pelo seu respectivo candidato.
Por tanto, pesquisas eleitorais estão cada vez mais perdendo sua credibilidade, perdendo a veracidade, e principalmente errando nos resultados finais, somente sobrando o poder de influência e a mentira.

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