Quem financiou os canalhas?…

por Plinio Ritter – @plinioritteroficial

Brasília – Após a destruição de ontem, a PM do DF e o Exército enfim agiram para desmontar o acampamento golpista de bolsonaristas em Brasília.
Mais de 1,2 mil foram detidos lá. Os acampamentos também começaram a ser desmontados em outras capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belém.
Em Brasília, Lula se reuniu com os chefes dos outros poderes para discutir medidas que serão tomadas contra os terroristas. Em nota conjunta, pediram respeito à democracia.
O governo criou o e-mail denuncia@mj.gov.br para receber informações sobre os terroristas do ataque de ontem.
Moraes mandou também apreender os veículos usados para levar bolsonaristas radicais a Brasília.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) se manifestou pela primeira vez após ser afastado do cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em nota, Ibaneis diz “jamais” ter “esperado que a situação atingisse o ponto a que, infelizmente, assistimos”.
O governador ainda reforçou que respeita a decisão do ministro e repudia as “cenas de barbarismo amplamente divulgadas”.
Ibaneis foi afastado por resultado dos ataques terroristas cometidos por bolsonaristas radicais às sedes dos três poderes, em Brasília, no domingo (8). O cargo será assumido pela vice, Celina Leão (PP).


ALESC REPROVOU

Santa Catarina – A Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) reprova veementemente os atos de violência e vandalismo ocorridos no Distrito Federal. A democracia pressupõe respeito. Respeito aos diferentes, respeito às instituições e a todos os cidadãos.
Não é possível tolerar atos antidemocráticos e violentos que avançam sobre os prédios públicos e às instituições e autoridades legal e legitimamente constituídas. Todas as manifestações são aceitas, desde que sejam pacíficas.
O Poder Legislativo catarinense espera das autoridades constituídas competentes rigor na apuração e penalização exemplar responsabilidades.


JORGINHO MANIFESTOU

Santa Catarina – Sobre a situação em Brasília no domingo (8), o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou que o momento exige cautela:
“Precisamos trabalhar pelo país, de olho nos valores que acreditamos e defendemos, mas jamais com uso da violência. É preciso lembrar os comportamentos que tanto criticamos e agir diferente. Manifestações são legítimas quando são pacíficas”, afirmou.


DÉCIO AFIRMOU

Santa Catarina – O ex-candidato ao governo do estado de Santa Catarina pelo Partido dos Trabalhadores, Décio Lima afirmou: “A não participação do Governador de SC no evento de Governadores com o Presidente da República revela com clareza sua ligação e cumplicidade com os terroristas apátridas vinculados 100% com sua eleição e seu Governo.”


EXONERAÇÃO ILEGAL

Brasília – O catarinense Nabih H. Chrain, ouvidor nacional de direitos humanos, com mandato para o exercício do cargo, foi exonerado pelo governo federal.
Os cargos de ouvidor, a rigor, e é o caso, ostentam o status de mandato, justamente para evitar que sabores políticos de ocasião atrapalhem o desenvolvimento da pasta, ou seja, só permitem Exoneração em caso de falta grave apurada em procedimento com o devido contraditório.
Assim, ao exonerar o catarinense, sem mais nem menos, do cargo de ouvidor nacional dos direitos humanos, o governo federal cometeu uma grotesca ilegalidade, que deve ser objeto de ação judicial.
Naturalmente novas políticas em novos governos, gostem ou não, estabelecem novos rumos, mas a legalidade não pode ser solapada jamais por conta de eventuais picuinhas subjetivas de natureza meramente ideológica. E, ao que tudo indica, foi o que ocorreu na espécie.
Melhor seria se o governo federal, que tem pregado que o amor teria vencido ao ódio, desse o exemplo de humildade e legalidade e voltasse atrás de ofício da ilegal Exoneração.
A coluna continuará acompanhando o desdobramento deste fato, e questionará lideranças locais com trânsito em Brasília para se posicionarem, esperemos que em prol da estrita legalidade.


BANCADA FEMININA SERÁ A MAIOR DA HISTÓRIA

Brasília – A bancada feminina do Senado Federal deverá iniciar a nova legislatura com 15 senadoras, o maior número de mulheres exercendo mandatos no Senado em toda a história. O crescimento é resultado da chegada de quatro suplentes que substituirão membros nomeados para o ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com esse tamanho, se a bancada feminina fosse uma bancada partidária, ela seria a maior da Casa. A projeção neste momento é que o PL ou o PSD tenham a maior bancada neste ano, mas nenhum dos partidos deve ter mais de 14 senadores. Novas filiações podem mudar esse quadro até fevereiro, quando começa a legislatura.
As eleições de outubro haviam indicado uma redução do número de senadoras em relação à legislatura anterior: seriam 11. Desse grupo, seis estão na segunda metade do mandato, quatro foram eleitas em outubro e uma assume mandato cujo titular foi eleito para o governo estadual. No início do ano, cinco senadores que têm mandato na legislatura que se inicia foram nomeados para o ministério de Lula, e quatro deles têm uma mulher como primeira suplente.
Uma dessas suplentes é Margareth Buzetti (PSD-MT), que já exerceu mandato de senadora entre junho e outubro de 2022. Ela volta a ocupar o lugar de Carlos Fávaro (PSD-MT), que foi para o Ministério da Agricultura. Margareth era filiada ao PP na sua última passagem pelo Senado, mas mudou de partido em dezembro.


CPI DA PANDEMIA

Brasília – Senadores que foram membros da CPI da Pandemia acionaram a Advocacia do Senado para fazer uma “radiografia” dos processos instaurados após a apresentação do relatório final e reunir todos os documentos que consideram ser provas de crimes cometidos pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro durante o período de enfrentamento à covid-19. Os parlamentares esperam que, sem foro privilegiado, Bolsonaro seja julgado em primeira instância.


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