O dilema da Defensoria Pública de Santa Catarina…
por Plinio Ritter – @plinioritteroficial
Santa Catarina – Fontes revelam que Gabriel Kazapi, um dos autores da ação popular em face do governador Jorginho Mello (PL) pelo envio de Defensores, pela Defensoria, à Brasília, também já foi Advogado de Ralf Zimmer (Prós) em ação ajuizada contra o presidente da ADEPESC – Associação das Defensoras e Defensores Públicos de Santa Catarina.
O Portal Hora Política – líder no jornalismo de política e economia, apurou que a ação acabou em acordo, e que Kazapi não advoga mais para Zimmer desde meados das eleições do ano passado.
Zimmer, inclusive, manifestou-se em diversas oportunidades esclarecendo que se opõe à ação popular de Kazapi, defendendo o envio de Defensores à Brasília pela DPE, e reiterando apoiou do seu grupo político ao governador Jorginho Mello.
O fato é que a ADPESC é a única instituição que permanecerá sob o comando de nomeado de Moisés até 2024. Isso porque, o atual Defensor Geral, Dr. Renan Soares, embora tenha perdido ano passado às eleições internas para o Dr. Ronaldo Francisco, goza de mandato até setembro de 2024. Foi a única nomeação de menos votado por Moisés. Coincidência, ou não, Dr. Renan tentou barrar a licença de Zimmer para se candidatar ao Governo, o que só foi viabilizado na Justiça.
Não bastasse isso, na segunda semana de janeiro o governador Jorginho Mello vetou Projeto de Lei da Defensoria Pública, entre outros, para a indenização de licenças prêmios.
A Instituição em Santa Catarina é vista como voltada às pautas de esquerdas, na ALESC – Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina é apoiada historicamente pela Deputada Luciana Carminatti (PT), e costuma se envolver em questões embora legais, com pegada mais “à canhota”, como webinar gravada com membros e a vereadora do PT da Capital, Carla Ayres.
Muito embora tenha atuado nas questões do dia 8 em Brasília, a Defensoria Pública terá dificuldades nos próximos anos de avanços financeiros almejados pela categoria, seja pela crise financeira do Estado e do País, seja pela desconfiança junto à bancada da direita, sobretudo por ter por mais dois anos, no gozo de seu legitimo mandato, o único mandatário menos votado nomeado por Moisés.
Zimmer embora tenha construído pontes sólidas com Jorginho, já garantiu diversas oportunidades que não participará mais da Administração da Instituição. Assim, a questão é se a Instituição vai se unir politicamente (sim, porque Instituição que não faz política também, míngua) em torno da velha guarda (Ivan Ranzolin, primeiro Defensor Geral, e Ralf Zimmer, primeiro Defensor Geral de carreira) para buscar avanços, ou se vai se dividir na busca pela direção nas eleições de 2024. Esses são alguns dos dilemas da Defensoria Pública de Santa Catarina, que no Governo Moisés não conseguiu grandes avanços e, agora corre riscos de também ter sérias dificuldades no governo Jorginho.
Foto: Divulgação