A Santa é forte, mas não é milagrosa…

por Laudelino Sardá


Santa Catarina – Santa Catarina teve a tenacidade e o destemor de alcançar a performance social e econômica através de duas fortes vertentes: as diferentes etnias, que constituíram a massa imigratória, e as heranças culturais de seus nativos. A maioria de suas cidades alcançou independência graças aos esforços, dedicação e criatividade da sua gente. Blumenau, por exemplo, não se diferencia somente pela influência alemã, mas pela estrutura da cidade, inovação e jovialidade do povo, expressão empresarial e lideranças comprometidas com a vocação da região. De uma forma ainda mais convincente, Joinville despontou-se cedo para um modelo industrial que a tornou o maior celeiro de produção do Sul do Brasil e a cidade mais populosa do Estado. Assim também se destacam Chapecó, Lages, Concórdia e tantas outras regiões.
Contudo, Santa Catarina não se caracteriza por suas grandes cidades, mas, sobretudo, pelo equilíbrio socioeconômico dos médios e pequenos municípios, com qualidade de vida invejável. Além de tudo, exceto Floripa que é uma cidade recheada de vaidades e surpresas, a grande maioria dos 295 municípios catarinenses cultiva seu crescimento na humildade, sem deixar de fortalecer a luta pela perseverança da qualidade de vida.
Um dos mais expressivos sinônimos de SC é o que o situa entre os Estados que construíram cidades simples, felizes e seguras em relação ao restante do Brasil. Adianta abrilhantar o turista sem lhe oferecer algo novo, confortável e, sobretudo, de alegria?
É fundamental que o governador Jorginho Mello (PL) pense em um planejamento de cidades simples, confortáveis, amáveis e sobretudo bem naturais. Será assim que SC poderá continuar mostrando a sua performance de cidade de qualidade do presente e do futuro?
Mas é MUITO importante saber: Santa Catarina é uma Santa que não faz milagres. É necessário mostrar serviço para que a nossa Catarina, mesmo não sendo Santa, seja admirada com devoção.

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