SC precisa acreditar no modelo de crescimento…

por Laudelino Sardá


Santa Catarina – Santa Catarina é um estado privilegiado pela sua diversidade cultural, econômica e, sobretudo, pela convivência exemplar de várias correntes genealógicas. Claro que a construção de cidades deveu-se, sobretudo, à perspicácia e à inovação das famílias que construíram seus futuro e lares neste menor estado brasileiro. Blumenau, Criciúma, Concórdia, Florianópolis, Agrolândia, Itajaí, Içara e tantas outras cidades foram construídas com o suor e determinação de centenas de famílias que deixaram seus lares, principalmente na Europa, em busca de um futuro promissor. O importante nesse processo – ao contrário do restante do Brasil – é que os imigrantes formaram comunidades sólidas com independência econômica e social. E foi assim que Santa Catarina acabou se transformando em um estado diversificado, competindo em seu próprio interior. E nessa troca de experiência e valores entre as regiões é que Santa Catarina se transformou em um modelo de desenvolvimento exemplar. Foi o primeiro estado a apostar em pequenas propriedades agropecuárias, com alta rentabilidade em produção. Da mesma forma, a população encontrou soluções para suas carências, como a produção de carvão, indústrias para o processamento da produção agropecuária, fortalecimento das empresas de varejo e relacionamento internacional para a expansão das exportações.

E O QUE ESTÁ FALTANDO?

As prefeituras, com o suporte do Governo do Estado, deveriam concentrar mais esforços em soluções de problemas sociais e no controle das migrações. Não basta adotar medidas de soluções de infraestrutura de bairros sem o necessário controle do crescimento. É fundamental que cada prefeitura exerça com eficiência a inspeção do seu crescimento, para não se surpreender com surgimento – ou crescimento – de favelas e áreas de risco. A qualidade de vida é um componente essencial ao desenvolvimento integral de cada cidade.
A propósito, é oportuno que cada prefeitura repense a sua estrutura, simplificando a sua funcionalidade com menos funcionários, abortando de vez o vício de se utilizar o poder público para agasalhar cabos eleitorais. Santa Catarina deveria – e está na hora – de dar outro grande exemplo: a política eleitoral tem de estar divorciada da estrutura custeada com dinheiro público.
Santa Catarina é um modelo que precisa ser fortalecido e, sobretudo, acreditado por seus governantes, empresários e população.

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