O risco da ostentação política…

por Laudelino Sardá


Brasil – Uma pergunta fácil de fazer e difícil de se responder é se os políticos já se adequaram à revolução da tecnologia e se têm pautado seus comportamentos político-eleitorais às facilidades proporcionadas pela internet, sob a orientação imprescindível de técnicos que estejam somando às ferramentas de comunicação o conhecimento. Há dois fatores que continuam representando riscos: aparecer com os mesmos discursos ultrapassados há mais de meio século, e se exibir demais diariamente nas mídias. Pode aparecer sim. E deve! Mas isento de proselitismo, procurando sempre comungar com a tendência e necessidades da sociedade.
A relação de confiança do político junto à sociedade cresce quando as promessas se apagam em discursos e começam a se tornar realidade.. Mesmo assim, precisam ser compromissos convenientes e convergentes, de forma a permitir que os eleitores enxerguem os candidatos, acreditando em mudanças esperadas pela sociedade esperançosa.
Nesse cenário é fundamental que os políticos, principalmente os que estão no exercício de mandato, trabalhem com pesquisas para poder mensurar o que realmente o povo quer. Quem faz questão de se exibir diariamente nas mídias põe em risco a sua credibilidade, em razão de as ações nunca acompanharem as promessas e os discursos aleatórios.
Os prefeitos são os políticos mais favorecidos se trabalharem bem as estratégias de marketing, em função de a grande maioria das cidades estar bem estratificada em distritos e bairros, onde o povo conhece a situação e sabe identificar as necessidades da região, principalmente numa comparação com os discursos político-eleitoreiros.
Outro fator que prepondera na rejeição do eleitor a candidatos é a falsa simplicidade que acaba embutindo na consciência do cidadão ideias, projetos e propostas que no fundo nada têm a ver com a sociedade. O pedantismo deveria ser antônimo de políticos e não sinônimo. A sensaboria política é o maior veneno na comunicação dos candidatos. Abraçar causas sociais é diferente de eleger planos partidários.
Infelizmente no Brasil, a causa social esteve sempre distante da preocupação dos partidos e de políticos. Está na hora de mudar, sob pena de a tecnologia ensejar discursos mais atraentes às novas gerações. Vamos torcer por isso!

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