A hora da virada…

por Laudelino Sardá


Santa Catarina – Não há dúvida de que sempre fomos um estado exemplar, que pelo menos tenta separar as ações político-partidárias dos compromissos sociais e econômicos de cada cidade. E, é claro, já temos o modelo de desenvolvimento que deve manter o nosso Estado na pole position do crescimento com qualidade. Até quando?
É necessário observar que Santa Catarina não alcançou a sua autonomia de qualidade através da gestão e que é urgente aprimorar seus avanços nos mais variados campos, como a gestão do serviço público, o enquadramento da política, o relacionamento entre o Estado e os Municípios, enfim, é necessário que esqueçamos os atropelos de um passado com descontrole político para confirmar-se com um modelo de predominância social e econômica, tendo a política institucional como um necessário equilíbrio democrático. O modelo institucional brasileiro é altamente concentrador. Se os recursos de Brasília fossem bem distribuídos, as soluções, principalmente para os problemas sociais, seriam mais rápidas e eficientes em cada cidade.
Para isso, os partidos precisam repensar seus objetivos, metas e a orientação imprescindível aos agentes que os acompanham. Enquanto não houver uma reciprocidade entre o papel de um partido e as ações de seus agentes, com certeza o Brasil não alcançará a maturidade necessária apara vencer as dificuldades em seu processo de crescimento.
Cada partido tem a obrigação de apostar em modelos que contemplem, sobretudo, o equilíbrio social, o crescimento econômico sustentável, a preservação ambiental, tudo e mais desafios sob o manto da ética e da moral.
As Cidades, Estados e a Nação no todo precisam de uma nova consciência, que dê liberdade de expressão e ações em que predomine o compromisso de trabalhar por uma sociedade saudável.
E por que o Governo do Estado não lança um desafio aos municípios? Quem apresentar resultados inovadores e humanos da sua gestão, alcança melhor índice de receita. Seria uma fórmula para finalmente Santa Catarina inovar em administração pública. Poderia também incrementar o trabalho com cursos e treinamentos para gestores públicos. E, acima de tudo, Santa Catarina estaria ajudando a Nação a se tornar um país compreensivelmente social.

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